AMOR LÍQUIDO



"... A misteriosa fragilidade dos vínculos humanos, 
o sentimento de insegurança que  inspira 
e os desejos conflitantes 
de apertar os laços e ao mesmo tempo mantê-los frouxos...

 ... O desejo é a vontade de consumo...

...Tão logo, consumido, o desejo vira descarte, lixo.

... O desejo é, desde o início, 
contagiado pelo desejo da morte ( de autodestruição).
Isto é, entretanto, firmemente guardado em segredo, 
guardado em segredo dele mesmo.

...O Amor  é, por outro lado, 
um querer cuidar e preservar o objeto querido...

... Um impulso para expandir, para ir além.

...O Amor é a expansão do "eu" para dar-se ao objeto amado.

O Amor é a própria sobrevivência por meio do "eu" do outro.

Se o desejo quer consumir, o Amor quer possuir. 

O desejo é autodestruição, o Amor é autoperpetuação.

...O Amor pode ser, e frequentemente é, tão atemorizante quanto a  morte.

...Assim, a tentação de apaixonar-se é grande e poderosa, 
mas também o é a atração de escapar..."


( Zygmunt Bauman - por: Blog JALS-José Adércio)


Forte Abraço e Ótima Sexta-feira!

A ALMA DOS CONTÁGIOS



"Contagiamo-nos com o ângulo pelo qual nos vêem ou sentem.
Somos bons, com quem nos acha bom, 
inteligentes com quem inteligentes nos considera 
 e 
maus com quem nessa conta nos tem.

Possuímos - evidentes ou latentes - todas as partes que vêem em nós.

Quem não gosta do que somos ou de como somos, 
faz-nos o favor de revelar 
- de maneira exagerada e negativa -, 
partes nossas apenas subjacentes ou disfarçadas mas reais. 

Quem gosta faz idêntico favor: o de nos fortalecer no lado sadio.

O fato é contágio.
Também contagiamos os que nos julgam. 
Daí o mistério da afinidade. 

Aceitos, crescemos e devolvemos crescimento, fazendo o outro crescer.

Desaceitos, encolhemos e fazemos encolher.

Quando queremos dizer algo para quem afina conosco, 
encontramos as palavras precisas, fluentes, adequadas.

Dizer exatamente o mesmo para um não afim, 
bloqueará a expressão, torna-la-á imprecisa,difícil, obscura.

O afim está aberto a ouvir e 
o não-afim só pensa no que pretende dizer, logo, 
não nos aceita em profundidade, antes, rejeita.

Não basta o outro mudar.
É necessário que também mudemos para nele descobrir partes desconhecidas.

Se enriquecermos nossa visão do próximo com mais elementos, 
novos filtros  e lentes melhores que as habituais, 
vamos descobrir-lhe paisagens belas e, assim, 
ajudá-lo a descobri-las, ele também.

Precisamos aprender a mudar a ótica restritiva das impressões cristalizadas.

Mal conhecemos alguém e para maior conforto interior, o classificamos, catalogamos e imobilizamos.
A partir desta prematura e limitante catalogação só nos relacionamos com o que está no rótulo, jamais admitindo novas combinações.

Abrimos mão do esforço de descobrir partes não exercitadas de cada ser.

A descoberta e revelação do ser de quem nos é familiar
infelizmente só vem quando há perda, 
abandono ou morte, 
quando já não há tempo 
para com ele conviver na harmonia da reciprocidade.

É preciso, pois,  empreender uma cruzada de compreensão e técnica, 
a de ver além dos rótulos que fabricamos 
para os demais ou eles mesmos assim o determinaram.

A descoberta do que existe, dorme, jaz ou lateja no ser humano
é desafio de afinidade e empatia 
talvez apenas possível no amor ou com amor, 
mas, estranhamente, 
é a descoberta profunda do outro como próximo,
vale dizer, pedaço do eu.

Autorizada pela percepção e reconhecimento, 
a melhor parte do outro 
começará a viver.

O QUE É BOM PARA QUEM AMAMOS É QUE É BOM PARA NÓS. "

(Artur da Távola)


Com Muito Carinho um Grande Abraço!

MEDITAÇÃO




"... Quando você não está fazendo absolutamente nada - corporalmente, mentalmente, em qualquer nível - 
quando toda a atividade cessou e você simplesmente é, apenas sendo,
isso é meditação.

Você não pode fazê-la, você não pode praticá-la, 
você tem apenas que compreendê-la!

Sempre que você encontrar tempo para apenas ser,
Abandone todo o fazer.

Pensar também é um fazer, Concentração também é um fazer, 
Contemplação também é um fazer.

Mesmo que apenas por um único momento você fique sem nada fazer, simplesmente permanecendo no seu centro, tanto relaxado - isso é meditação!


... A meditação não é contra a ação, Não é que você tenha que escapar da vida.

Ela simplesmente lhe ensina uma nova maneira de viver: 
você se torna o centro do ciclone!

 A sua vida continua; 
continua de uma maneira muito mais intensa - 
com mais alegria, com mais clareza, mais visão, mais criatividade - 
todavia você distanciado, é apenas um observador nas colinas... 
assistindo simplesmente o que está acontecendo ao seu redor.


Você não é aquele que faz, você é o observador!
 Esse é todo o segredo da meditação: Você se tornar o observador!


O fazer continua em seu próprio nível, 
não há nenhum problema nisso: cortar madeira, tirar água do poço.

Você pode fazer coisas pequenas e coisas grandes; 
só uma coisa não é permitida:
o seu centramento não pode se perder!


Essa consciência, 
esse estado de observação 
deve permanecer absolutamente desanuviado, 
sem perturbação."


(  OSHO  )



  Receba um Grande Abraço com Afeto!
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