O CASULO, TEMPO NECESSÁRIO À TRANSFORMAÇÃO



" Lembro-me de uma manhã 
em que havia descoberto um casulo no casco de uma árvore,
no momento em que a borboleta rompia 
se preparava para sair.
Esperei bastante tempo, mas estava demorando muito, 
e eu estava com pressa.
Irritado, curvei-me e comecei a esquentá-lo com meu hálito.
Eu esquentava impaciente e o milagre 
começou a acontecer diante de mim 
a um ritmo bem mais rápido que o natural.

O invólucro se abriu, 
a borboleta saiu se arrastando, 
e nunca hei de esquecer o horror que senti então...
 suas asas ainda não estavam abertas e 
com todo o seu corpinho que tremia 
ela se esforçava para desdobrá-las.

Curvado por cima dela, eu ajudava com meu hálito, em vão.

Era necessário uma paciente maturação, 
e o desenrolar das asas devia ser feito lentamente ao sol; 
agora era tarde demais!

Meu sopro obrigava a borboleta
 a se mostrar toda amarrotada, antes do tempo.

Ela se agitou desesperadamente, 
e alguns segundos depois morreu na palma da minha mão.

Aquele pequeno cadáver é eu acho,  
o peso maior que tenho na consciência. 
Pois, hoje, entendo bem isso, 
é pecado mortal forçar as grandes leis. "

( Nikov  Kazantzaki )


Há algum tempo li esta mensagem que muito  me tocou, 
gerando uma certa inquietude em minha alma, ao  
 alertar o  quanto é  difícil  para todos nós, 
nesta vida,  dominarmos nossos instintos  primários, 
que nos derruba ao mais simples ato 
o qual "acreditamos"  ser, ou, "estar fazendo", o melhor. 

E  nesse "acreditando que podemos fazer"  o melhor, 
criamos uma situação por vezes
 embaraçosa, desastrosa e com um fim trágico, 
doloroso, angustiante, 
no qual nada  se pode fazer depois ( geralmente) do fato consumado. 
A não ser lamentar, ou reparando,  ou remendando.

A transformação é uma tarefa diária,  
com tempo necessário à maturação a cada  estágio, cada fase.

Não saímos de um lugar para outro em vão... 
existe todo um processo à mudança, 
seja pequena ou grande,  cada um tem o seu grau,  
tão particular, de dificuldades. 

É uma escala primária.. os instintos  rudes ..
que precisamos 
conhecer, conscientizar, admitir (ainda)sua existência...
e "tentar" dominar, ou pelo menos, 
pelo mínimo que seja, 
sermos mais comedidos, para adquirir sabedoria e agir diferente. 

Passamos por processos anteriores  antes de nascer. 
Por mais um pouco de tempo 
precisamos de auxílio para sobreviver e se desenvolver. 
E  assim, adiante... decorrido o tempo..
AINDA  insistimos  ....

É ..conveniente...  acalmar, pausar, discernir, e reparar à nós mesmos..
Vou tentar mais uma vez... e mais uma vez... e mais vezes... 
aproveitando a oportunidade dada de  existir por aqui nesse belo Planeta!


E à  todos vocês que aqui chegam,
com seu jeitinho peculiar de ser...
Agradeço do fundo do coração,
Receba um Toque de Luz em Seu Viver!
Beijokas ...



DIFÍCIL FORMULÁRIO DO AMOR




"Não amar não é rejeitar.
Não amar  não é desamar.
Não amar não é deixar de gostar.
Não amar não é desgostar.
Não amar é um estado afetivo intenso embora neutro.

Aceitar um amor pode ser um ato de dignidade.
Rejeitar é desamar ou ser indiferente.
Detestar ou odiar podem não ser rejeitar. Só rejeita quem já amou.
Quem não amou não rejeita ao dizer que não ama.

É possível gostar muito e não amar.
É possível transar amorosamente e não amar.
É possível ter um sentimento de amor e não amar.
É possível querer um bem enorme sem amar.
Assim como é possível amar sem: "gostar muito", "querer bem" e "transar amorosamente".

Há quem você só ama quando está perto.
Há quem você só ama quando está longe.
Há quem você ama na fantasia e de quem foge na realidade.

Mas aceitar um amor não é amar: é rejeitar depois.

Há quem ame o outro.
Há quem ame o amor.
Há quem ame as impossibilidades.
Há quem se deixe amar.
Há quem precise de ser amado.
Há quem precise de amar.

Dedicar um Amor, eis o AMOR."


( Artur da Távola )



Mil Beijokas  de  Ternura... Pra Você.
E Grata por 
Sua Presença e Comentário Carinhoso 
         que tanto me Alegra!!



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